quinta-feira, 29 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Senti saudades


Senti saudades de um "meio" que andei muito
Das coisas boas que vivi
De algumas pessoas que conheci
Mas a saudade durou apenas alguns minutos
Para eu me lembrar que essas mesmas pessoas
Me fizeram muito mal.


Não tenho saudades das coisas ruins.

Elas ficaram guardadas dentro de mim em forma de aprendizado.

Vestida de experiência.

Para que eu não esqueça nunca mais:

Que um dia conheci pessoas: Hipócritas, Falsas e Mentirosas.



E hoje somente guardo o suspiro no peito
De que esse tempo não volta mais.

Graças ao destino existe o passado.

Continuo vivendo e aprendendo
Mas com muito mais inteligência.

Kah!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Homens apaixonados



Excelente texto da Lilian Maial, sobre o homem apaixonado.

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Se você conheceu um homem apaixonado, verdadeiramente apaixonado, você conheceu o que há de melhor nesse mundo.
É fácil e comum, nos dias de hoje, encontrar uma mulher apaixonada. As mulheres parecem ter sido feitas para a paixão (ao menos é o que nos dizem desde que nascemos). Mas homens, esses foram feitos para as batalhas sangrentas do dia a dia, para as dificuldades financeiras, para a luta pela sobrevivência, para o silêncio de sentimentos (assim pensa a nossa sociedade).
Os homens foram tão massacrados de responsabilidades e estigmas de carregar o mundo nas costas, que nem se deram conta de sua própria necessidade de amor e paixão. Fingem tão bem não ligar, reduzem o amor a conquistas, a disputas, a objetivos práticos a serem alcançados que, assim que atingem tal objetivo, o objeto passa a não exercer o mesmo fascínio.
Tudo bem, é por aí. Mas e quando Cupido decide flechar de verdade o coração masculino? Como reage esse coração, tão pouco acostumado a sofrer por amor, a manter alguém 24 horas por dia em seu pensamento?
Gente, é lindo! É tão lindo quanto ver uma criança dando seus primeiros passos, ou vendo um passarinho dar seu primeiro vôo, ou como namorados dando seu primeiro beijo.
Ele (o homem) é pego de surpresa e reage de forma surpreendente. Torna-se vulnerável, emotivo, passa a prestar atenção em letras de músicas, em flores, em poemas, em vitrines, em praças, em crianças. Ele passa subitamente a gostar de lojas, de receitas, de moda e perfumaria. Fica entendido em cremes e cheiros, em livros, em drinks. Passa a ser expert em assuntos exóticos. Acorda e dorme cantarolando. Isso tudo porque a amada tem seu mundo e é seu mundo.
O espelho passa a exercer atração. Geralmente muda o corte do cabelo, a barba e o bigode (tira, se tem, deixa crescer, se não tem). Fica vaidoso, sensível e bobinho. Adorável bobinho. Mas… esconde!
Ah, parece ser pecado se apaixonar!
Deve ser uma terrível gafe demonstrar sentimentos.
Aparentemente é condenável ser simplesmente humano.
Sabe aquela coisa do “lado feminino”? Balela. Não existe essa dicotomia. Todos temos de tudo dentro de nós. O poder, a beleza, o bem, o mal, o masculino e o feminino, o yin e o yang.
Mas esse homem apaixonado passa a ser exigente, a ter carências e vicissitudes. E se você souber manter essa chama acesa, souber lidar com esse homem enfeitiçado, será uma mulher abençoada, porque ele é capaz de tudo para ver você feliz.
Ah, esse homem não medirá esforços. Não haverá obstáculos capazes de detê-lo na empreitada da sua felicidade. Ele acordará com a força de um Hércules, a disposição de um atleta, a perseverança de um monge, e a fragilidade de uma criança.
Acolha-o. Sinta-o. Mime-o. Ame-o.
Deixe-o sentir seu amor fluir.
Alimente-o de afagos, de agrados, de elogios.
Mostre a ele a correspondência de sentimentos, mas não o prenda.
Deixe-o livre para escolher você, escolher estar com você, preferir você a qualquer coisa. Mas por vontade dele.
Creio que o erro de muitas mulheres é querer prender seu homem, controlar seus passos, cercá-lo não de afeto, mas de desconfiança.
O homem apaixonado é seu. Está apaixonado, encantado, tem um mundo novo e muitas das vezes não sabe lidar com ele.
Também fica inseguro, ciumento, quer agradar, quer inundá-la de carinhos, mas quer manter sua habitual liberdade.
E em nome desse novo amor, desse sentimento que o fragiliza tanto, talvez sufoque essa liberdade que sempre teve e que sempre foi-lhe ensinado assim. Mas isso, com o tempo, certamente o deixará limitado e cansado, levando a um desgaste no relacionamento.
Então, o que fazer?
Não há fórmulas. Não há receitas de bolo.
Há sim uma necessidade de entendimento, de espaço, de respeito mútuo.
Há que se lidar com a liberdade assim como se lida com a delicadeza da paixão.
Há que se estabelecer limites. O outro é o outro, você é você.
Não se pode amar ao outro se não se ama a si próprio.
O outro não é seu espelho e nem seu ideal e objetivo.
Nada de se anular em função do amor.
Essa é a diferença entre a mulher apaixonada e o homem apaixonado.
Ele não ama menos, não sente menos, não sofre menos por amor.
Apenas ele sempre teve sua individualidade. A sociedade o permitiu desde o início dos tempos, enquanto nós, mulheres, aos poucos vamos ganhando terreno na igualdade de direitos, inclusive o direito de se amar, o direito a seu espaço individual na relação a dois.
Sendo assim, ao dar de cara com um homem apaixonado, ao se apaixonar por ele, não abra mão de seu espaço, de sua individualidade, porque só assim poderá entender a postura dele e aproveitarão tudo o que a paixão e o amor correspondidos podem fornecer de forma sadia a ambos.
Curta seu homem, estrague-o de tanto amá-lo, e seja feliz!…
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PS: Eu amo estragar o KLe!!! :)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Embriaga-te...





Com vinho, com poesia, ou com a virtude.

Escolhe tu, mas embriaga-te!

E se alguma vez, nos degraus de um palácio,

sobre as verdes ervas de uma vala,

na solidão morna do teu quarto,

tu acordares com a embriaguez atenuada,

pergunta ao vento, à onda, à estrela,

à ave, ao relógio, a tudo o que se passou,

a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala,

pergunta-lhes que horas são:

São horas de te embriagares!

Para não seres como os escravos martirizados do tempo,

embriaga-te, embriaga-te sem descanso.

Com vinho, com poesia ou com a virtude.


Charles Baudelaire